“Também conhecido como: Politetrafluoretileno.”
Formatos Disponíveis: Chapas, Tarugos, Tubos, Buchas, Películas, Fitas, Monofilamentos, Gaxetas, Revestimentos, etc
Características | |
O PTFE é amplamente utilizado em todos os segmentos da indústria devido às suas inigualáveis propriedades de:
Mas, a crescente exigência de performance mecânica pela indústria, criou a necessidade de combinar as propriedades do PTFE às de cargas minerais e metálicas, visando elevar as propriedades mecânicas deste notável polímero; surgindo assim os materiais carregados em PTFE. Em geral, o uso de material carregado melhora a resistência do desgaste, reduz a taxa de fluência e deformação inicial, aumentando a dureza e a condutividade térmica, e diminui o coeficiente de expansão térmica. |
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As propriedades dos compostos estão extremamente relacionadas com a quantidade de carga incorporada.
Na Tabela 1, você encontrará esses valores para os mais comuns compostos carregados.
Em geral, a escolha de uma determinada carga é guiada por:
Fibra de Vidro |
Pequenas fibras de sílica (SiO2) com 13 micra de diâmetro, que melhoram a resistência à fluência (“creep resistance”) tanto em altas quanto em baixas temperaturas, aliadas a uma boa resistência ao desgaste e a resistência química notável, excetuando-se bases fortes e HF, boa estabilidade dimensional. As propriedades elétricas do PTFE são pouco afetadas. |
Carbono |
O carbono amorfo (croque de petróleo ou croque parcialmente grafitado) é uma das cargas mais inertes, excetuando-se ambientes oxidantes onde a fibra de vidro possui melhor performace. Aumenta a resistência ao desgaste na presença de água. |
Fibra de Carbono |
A fibra de carbono em geral traz os mesmos benefícios que a fibra de vidro, ou seja, possui menos deformação à carga, maiores módulos de flexão e compressão, e uma maior dureza. Em geral uma quantidade menor de fibra de carbono irá produzir o mesmo efeito produzido por uma quantidade maior de fibra de vidro. |
Grafite |
É uma modificação cristalina do carbono com alta pureza, sintético e de formato irregular. |
Bronze |
Liga de Cu/Su:9/1 que, quando incorporada ao PTFE, forma um composto com condutividade térmica e resistência à fluências superiores à maioria dos outros compostos. |
MoS2 |
Aumenta a dureza e rigidez do PTFE, aliado a uma redução da fricção, muito bom para aplicações elétricas, visto que pouco afeta as propriedades elétricas do PTFE. |
Cerâmica ou alumina (Al2O3) |
Geralmente utilizado para aplicações elétricas, pois é um excelente isolador elétrico. |
Fluoreto de Cálcio (CaF2) |
É uma carga usada como alternativa a meios corrosivos que atacam a fibra de vidro como HF e bases fortes. Fluoreto de cálcio de alta pureza é também utilizado para aplicações elétricas. |
Pigmentos |
É possível pigmentar o PTFE com pigmentos inorgânicos que suportam temperaturas de 400 ºC. Os pigmentos não trazem mudanças significativas nas propriedades do PTFE. |
Tabela 1 | ||
Carga | Vantagens | Desvantagens |
Fibra de vidro | Resiste à oxidação, bom para meios ácidos, boas propriedades elétricas e estabilidade dimensional. Resina de uso geral | Atacada por bases fortes. |
Carbono | Inerte, boa resistência ao desgaste a seco e com água. Boa condutividade térmica. | Ruim para meios oxidantes, baixa propriedades de tensão e alongamento. |
Grafite | Baixa fricção, inerte, melhora a resistência ao desgaste e fluência, melhor para contato com metais moles, geralmente incorporado com outras cargas. | Alto desgaste com metais duros. |
Bronze | Resistência à compressão e dureza melhoradas, menor fluência, baixo desgaste e fricção, alta condutividade térmica e fácil de usinar. | Baixa resistência química e condutor elétrico. |
MoS2 | Superfície dura, lubricidade, melhora desgaste a fricção, suporta altas pressões, excelente em aplicações a vácuo, intermitentes e desgaste a seco. | Difícil de processar. |
Cerâmica | Excelentes propriedades mecânicas e elétricas. | Difícil de ser usinado. |
CaF2 | Alternativa à fibra de vidro em ambientes alcalinos e HF. Bom para aplicações elétricas. | Checar se absorve umidade. |
Propriedades Mecânicas | Unidades | Valor | Método de ensaio | |
Densidade | g/cm3 | 2,15 a 2,18 | DIN 53479 | |
Resistência à ruptura | Kp / cm3 | 200 a 400 | DIN 53479 | |
Módulo de tração E | Kp / cm2 | 7500 | DIN 53457 | |
Módulo de cisalhamento | Kp / cm2 | 2700 | DIN 53457 | |
Limite de fluidez de 1% | Kp / cm2 | 100 | — | |
Limite de fluidez de 10% | Kp / cm2 | 185 | — | |
Tensão limite de flexão | Kp / cm2 | 180 a 200 | DIN 53452 | |
Módulo de resistência à torção | Kp / cm2 | 1600 | DIN 53447 | |
Resistência à flexão | Kp / cm2 | Sem ruptura | ASTM D 790 (1000 psi) | |
Resistência ao impacto | Kp / cm2 | Sem ruptura | DIN 53453 | |
Resistência ao impacto com entalhe | Kp cm/ cm2 | 16 | DIN 53453 | |
Resistência ao impacto com entalhe (120 d) | ft.-lb. per inch of notch | 57ºC 2,0 23ºC 3,0 77ºC 6,0 |
ASTN D 256 | |
Resistência a tração brusca | Kp cm/ cm2 | 20ºC 650 23ºC 680 |
DIN 53448 | |
Módulo de plasto-deformação por flexão Ebc | Kp /cm2 (1 min.) | 20ºC 7000 23ºC 6700 60ºC 3400 100ºC 2900 |
— | |
Índice de flexão | câmbio de carga | 106 | DIN 53374 | |
Dureza Shore | — | D 55 a 59 | DIN 53505 | |
Dureza Rockwell (J) | — | C 85 a 87 80 a 95 |
— | |
Coeficiente de atrito (Seco, estático ou dinamico) |
0,09 | |||
PTFE / PTFE – Lubrificado com óleo | 0,04 – 0,07 | |||
PTFE / AÇO – Lubrificado com óleo | 0,02 – 0,06 | |||
Abrasão | mm3 | 470 | DIN 53516 | |
Desgaste em peso Gs | mg/100 rev. | 85 | projeto norma FNK/FNM 1965 (tabela de abrasão) | |
Desgaste volumétrico Vs | mm3/100 rev. | 40 | projeto norma FNK/FNM 1965 (tabela de abrasão) | |
Propriedades Térmicas | Unidades | Valor | Método de ensaio | |
Zona de Fusão | ºC | 320 a 340 | DTA | |
Variação volumétrica no intervalo de plastificação (zona de 10 graus) | % | 5 a 8 | — | |
Variação volumétrica entre temperatura ambiente e ponto de fusão | % | 27 a 28 | — | |
Coeficiente de fusão longitudial | ||||
entre 20 e 100ºC entre 20 e 200ºC entre 20 e 300ºC |
grado-1 grado-1 grado-1 |
16 10-5 19,5 10-5 25 10-5 |
Dilatômetro de Leitz | |
Calor específico: | Kcal/Kg grado | |||
0ºC | 0,23 | — | ||
50ºC | 0,25 | — | ||
Condutividade térmica | Kcal/m h grado | 0,2 a 0,4 | DIN 52612 Método das placas |
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Resistência à incandescência Calor de combustão |
Kcal/Kg | grado 5 1100 |
DIN 53459 | |
Propriedades Elétricas | Unidades | Valor | Método de ensaio | |
Constante Dielétrica relativa a | 50 Hz | 2,1 | DIN 53483 | |
103 Hz | 2,1 | — | ||
104 Hz | 2,1 | — | ||
105 Hz | 2,1 | — | ||
106 Hz | 2,1 | — | ||
107 Hz | 2,1 | — | ||
Rigidez elétrica (eletrodo de bola) | KV/mm | 50 a 80 | VDE 0303 | |
Resistência transversal específica | cm | 1018 | DIN 53482 | |
Resistência superficial | — | 1017 | DIN 53482 |
Propriedades Químicas |
O PTFE é quase totalmente inerte. Somente é atacado por metais alcalinos líquidos, como também por algumas ligações de fluor sob pressão e temperaturas elevadas. Suporta temperaturas de -200ºC até +260ºC |
Os dados acima foram retirados de catálogos de processadores e/ou fabricantes da matéria-prima, representando resultados obtidos em experiências, todavia não assumimos compromissos pelos mesmos.